E, em meio de tudo isto, vou pela rua fora, dorminhoco da minha vagabundagem folha. Qualquer vento lento me varreu do solo, e erro, como um fim de crepúsculo, entre os acontecimentos da paisagem. Pesam-me as pálpebras nos pés arrastados. Quisera dormir porque ando. Tenho a boca fechada como se fosse para os beiços se pegarem. Naufrago o meu deambular.*
Fernando Pessoa, Le livre de l’intranquillité, 1913-1935
"Après Rio, toutes les autres villes vous semblent ternes, monotones, trop ordonnées, trop simples ; tout semble vide, fade, dégrisé,…